Localização Brasília, Distrito Federal, Brasil

Área 280 m2

Ano do Projeto 2016 (NE)

Equipe
Arthur Felipe Brizola
Franco Luiz Faust
Gabriel Zem Schneider
João Gabriel Küster Cordeiro
Lucas Aguillera e Shinyashiki
Thiago Augustus Prenholato Alves  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONCURSO NOVA SEDE DO CAU/BR E IAB/DF

“Brasília deve ser concebida não como simples organismo capaz de preencher satisfatoriamente e sem esforço as funções vitais próprias de uma cidade moderna qualquer, não apenas como Urbs, mas como Civitas, possuidora dos atributos inerentes a uma capital. (…) Monumental não no sentido de ostentação, mas no sentido da expressão palpável, por assim dizer, consciente, daquilo que vale e significa.” Lúcio Costa — Memorial para o Plano Piloto de Brasília.

Assim como a cidade que o abriga, o edifício para as entidades máximas de representação dos arquitetos brasileiros deve assumir um caráter inerente ao da nova capital proposta por Lúcio Costa: Uma monumentalidade palpável e consciente do que a profissão vale e significa para a sociedade.

A nova sede do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e o Instituto de Arquitetos do Brasil deve assumir um caráter simbólico, tão quanto funcional. Um consistente monólito que flutua sobre uma base sólida estereotômica, aberta à sociedade como um convite ao abrigo de sua sombra: a intenção primordial da arquitetura.

Buscou-se evitar a segregação tradicional de repartições públicas em setores divididos ou até mesmo blocos diferentes para instituições diferentes: O edifício deve demonstrar o caráter colaborativo entre as duas instituições, gerando novas interfaces resultantes dessa colaboração contínua entre IAB e CAU.

Tal divisão vertical se deu pelo interesse em fornecer uma grande área pública para promoção da profissão, como uma grande praça para atividades das entidades, cujos setores administrativos se localizam acima, fornecendo privacidade e ao mesmo tempo, melhor uso do plano corporativo.

A adoção do térreo inferior (em subsolo) para área pública surge como resposta ao limite de altura a partir da soleira, de modo que o térreo se torna um pavimento contemplativo, liberando a altura das áreas corporativas, ambas com 4,15 metros de piso a piso, aumentando a amplitude do espaço de trabalho.

A chegada acontece pelo nível térreo, com visual à praça das bandeiras e uma grande esplanada no centro do lote, levando ao térreo inferior, onde se desenvolve todo programa público da edificação, marcado por um pátio que percorre todo volume.

A estrutura da edificação se desenvolve por pilares de concreto armado e lajes nervuradas caixão-perdido, favorecendo o pé-direito interno dos ambientes corporativos e do térreo inferior, que inúmeras vezes é sobreposto por espelhos d’água, tirando proveito da situação climática do cerrado.

Ao mesmo tempo, os grandes panos das fachadas principais são protegidos por paredes de proteção solar para as grandes janelas de abrir, garantindo também a estética simbólica da edificação.